Novas perspectivas em tratamentos contra o câncer

A evolução alcançada no controle do câncer se deve, em grande parte, aos esforços empreendidos para diagnosticá-lo mais precocemente. Como regra, mesmo quando não é possível alcançar a cura, os tratamentos permitem que o paciente conviva com a doença por um longo tempo, preservando sua qualidade de vida.

 

Para atingir esse objetivo, os médicos têm a sua disposição uma combinação de terapias consagradas — como a cirurgia, a quimioterapia e a radioterapia — e um novo arsenal terapêutico, composto por drogas-alvo, que cresce a cada ano.

 

Completam a lista de boas notícias medicamentos capazes de controlar eficazmente os efeitos colaterais do tratamento, como náuseas e diarreia.

 

Terapia-alvo

A área mais promissora do tratamento de câncer é a terapia-alvo

 

Esses novos medicamentos, mais efetivos contra as células cancerosas e menos agressivos para as células normais, têm renovado as esperanças de um maior controle do câncer.

 

Os primeiros fármacos utilizados nesse tipo de terapia — anticorpos monoclonais que atuam nos receptores presentes na superfície das células cancerígenas, impedindo seu crescimento —, surgiram no final da década de 1990 para o tratamento do câncer de mama (trastuzumabe) e linfoma (rituximabe).

 

Outra molécula pioneira para o tratamento da leucemia mieloide crônica (imatinibe) surgiu na mesma época, transformando definitivamente o prognóstico dessa doença.

 

Hoje, já existem mais de 20 medicamentos da classe das terapias-alvo aprovados no Brasil, para vários tipos de câncer.

 

Boa parte desses medicamentos interfere nas vias de sinalização das células, interrompendo os comandos para seu crescimento e multiplicação ou favorecendo diretamente sua destruição. Outros podem estimular o sistema imunológico a atacar o câncer.

 

Um terceiro grupo interfere na formação dos novos vasos sanguíneos, estimulada pelo tumor, a angiogênese. Os inibidores da angiogênese interrompem esse mecanismo vital das células neoplásicas, inviabilizando a existência do tumor.

 

A terapia-alvo poderá ser usada isolada ou combinada à quimioterapia, de acordo com cada tipo de doença. Ela também pode ser usada associada à radioterapia.

 

O tratamento do câncer em um futuro próximo

O uso do diagnóstico molecular vem trazendo uma nova e mais completa compreensão do câncer. Aos poucos, essas doenças serão subclassificadas de acordo com as alterações genéticas que lhes deram origem. Para cada uma delas, haverá um tratamento específico, e a contribuição de uma nova ciência, a bioinformática, transformará significativamente o tratamento do câncer.

 

Drogas-alvo em uso no Brasil

Veja a seguir a relação das drogas-alvo que podem ser encontradas no Brasil e as indicações que aparecem na bula. Seu uso deve ser prescrito e acompanhado por um médico oncologista.

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