Apesar de ser mais conhecido e ter cada vez mais possibilidades de tratamento e de cura, para a maioria das pessoas o câncer ainda é uma doença assustadora, e por isso mesmo cercado de mitos e especulações.
Os médicos da Oncologistas Associados vão procurar esclarecer todas as suas dúvidas sobre a doença, considerando as particularidades de seu caso.
Conheça, a seguir, algumas dúvidas comuns sobre o câncer respondidas pela equipe da Oncologistas Associados.
Todo tratamento para câncer faz cair o cabelo?
Não. No caso da quimioterapia, apenas alguns medicamentos determinam esse efeito adverso. Já na radioterapia, caem apenas os pelos ou cabelos das regiões que foram tratadas. Vale destacar que, depois de alguns meses do término do tratamento com quimioterapia, os cabelos e pelos recomeçam a crescer, algumas vezes com aspecto diferente. Após a radioterapia, os cabelos e pelos das áreas irradiadas podem ou não voltar a crescer, dependendo principalmente da dose de radiação recebida.
Toda pinta pode se transformar num tumor? Como saber se a pinta é “perigosa”?
A maior parte das pintas é benigna e não se transforma em câncer. Mas toda pinta que muda de cor, forma, tamanho ou que apresenta algum sinal de sangramento precisa ser avaliada por um médico dermatologista, que determinará se ela é maligna ou não. Também devem fazer um acompanhamento médico regular as pessoas que apresentam várias pintas com características irregulares e histórico familiar de melanoma, um dos tipos mais agressivos de câncer de pele.
Todas as pessoas, especialmente as de pele mais clara, devem utilizar protetor solar antes de se expor ao sol, e acompanhar de perto qualquer alteração em suas pintas.
O câncer de pele é mais comum após os 40 anos de idade?
Sim, porque os efeitos nocivos do sol são cumulativos. Assim, o câncer de pele tem maior incidência entre pessoas com mais de 40 anos.
Tristeza, mágoa ou depressão podem causar câncer?
Não há qualquer trabalho científico que tenha conseguido relacionar aspectos da personalidade de uma pessoa, suas emoções ou um estado depressivo ao surgimento de tumores. O que se sabe é que as emoções têm impacto no sistema imunológico e na qualidade de vida das pessoas. Assim, cultivar sentimentos positivos pode contribuir para fortalecer as defesas do organismo, aumentando sua proteção contra infecções que costumam atingir os pacientes em tratamento contra o câncer.
A radiação utilizada no tratamento do câncer pode ser transmitida às pessoas que convivem com o paciente?
Não. Os efeitos da radioterapia estão restritos ao paciente. Sua ação é local, restrita às áreas irradiadas do organismo. O paciente não se torna “radioativo”, por isso não existe a possibilidade da transmissão de radiação para outras pessoas, mesmo em contatos mais íntimos.
O uso de desodorantes e antitranspirantes aumenta o risco de câncer de mama?
Não se observou qualquer associação do uso desses produtos ao desenvolvimento do câncer de mama.
Implantes de silicone aumentam o risco de desenvolver câncer de mama?
Não existem evidências científicas de que o silicone seja responsável pelo surgimento de câncer de mama. Entretanto, ao dificultar a visualização de tumores pequenos, os implantes podem dificultar o diagnóstico mais precoce da doença.
Adoçantes artificiais, como o aspartame, causam câncer?
Adoçantes artificiais têm sido associados ao desenvolvimento de tumores, tanto em animais quanto em humanos. No entanto, as evidências científicas são conflitantes. Trata-se de uma questão ainda em aberto. Sendo assim, é recomendado consumir essas substâncias com moderação.
O tratamento do câncer de próstata sempre causa impotência?
Não, mas o risco sempre existe, tanto com o tratamento cirúrgico quanto com a radioterapia. A maioria dos homens apresenta pequenas perdas da função sexual, que em geral volta ao normal alguns meses após o fim do tratamento. Mas alguns pacientes podem desenvolver impotência severa — especialmente os com mais de 65 anos.
A associação com outras doenças, como hipertensão e diabetes, aumenta o risco dessa complicação.
Charutos e cachimbos provocam menos câncer de pulmão que os cigarros?
Os efeitos nocivos do fumo são os mesmos para todos os tipos de produtos feitos de tabaco. Sempre que a fumaça for inalada, determinará um risco aumentado para o câncer de pulmão.
O risco também existe para outros tipos de câncer, como de lábios, boca, garganta, esôfago e bexiga. Acontece que, como os cigarros são mais amplamente consumidos que os charutos e cachimbos, a incidência de câncer é maior entre pessoas que fumam esse tipo de produto.
É possível engravidar após um tratamento de câncer?
Sim. Mas a fertilidade pode ficar comprometida, temporária ou definitivamente, após alguns tipos de tratamento. Por isso, é sempre importante esclarecer essa questão com o médico antes de iniciar o tratamento. No caso dos homens, preservar os espermatozoides costuma ser bastante simples. Já para as mulheres, a preservação da fertilidade pode exigir congelamento de óvulos ou até a preparação de um embrião (in vitro), o que pode demandar algum tempo, atrasando o tratamento.
De qualquer forma, este é um assunto que deve ser discutido antes de iniciar o tratamento.
O câncer tem cura?
Sim. Para grande parte deles, isto é realidade, especialmente aqueles diagnosticados em fases mais precoces e tratados corretamente.