O momento atual tem sido desafiador para pacientes com câncer e para aqueles que buscam um diagnóstico da doença. Desde o início da pandemia, segundo estimativas das Sociedades Brasileiras de Patologia e de Cirurgia Oncológica, pelo menos 50 mil brasileiros deixaram de ser diagnosticados com câncer.
A pandemia de Covid-19 e a falta de informações precisas sobre a propagação do vírus levaram a um cenário de cancelamentos de procedimentos considerados não urgentes, além da recusa de pacientes com outras doenças ou sintomas em procurar clínicas e hospitais por medo de contraírem o novo coronavírus.
Ainda não é possível prever o pico de contaminação no Brasil e persistem dúvidas sobre o tempo de duração da pandemia. A expectativa, portanto, é de que de três a quatro meses, haja uma queda de casos. Contudo, esperar todo esse tempo pode implicar um risco alto para os pacientes oncológicos.
A realização da mamografia de rastreamento, por exemplo, é um fator preocupante, já que o exame está suspenso em muitas regiões e as unidades básicas não estão fazendo encaminhamento para os hospitais. O congelamento deste serviço neste período significa um atraso em diagnósticos com possível aumento do número de tumores em estágio avançado.
A fim de viabilizar a retomada dos atendimentos médicos, cirurgias e outros tratamentos, a Sociedade Brasileira de Mastologia desenvolveu um documento em que faz uma série de recomendações aos mastologistas e hospitais, para que separem as áreas de atendimento para pacientes com suspeita de Covid-19 dos demais, garantindo assim a segurança de todos.
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