Câncer de cólon e reto

Esse tipo de tumor é o mais frequente do aparelho digestivo, além de estar entre os mais comuns para homens e mulheres. Dois terços dos tumores que atingem o intestino grosso ocorrem no cólon e um terço no reto.

Diagnóstico

Alguns sintomas como eliminação de sangue nas fezes, episódios de diarreia alternados com prisão de ventre, dor no reto, diminuição do diâmetro das fezes e anemia, indicam a necessidade de investigar a presença de um tumor no cólon ou no reto.

 

O principal exame para detectar lesões no cólon é a colonoscopia. No reto, por sua vez, é a retossigmoidoscopia. Em ambos os casos, é possível realizar biópsias para verificar a natureza de lesões suspeitas.

 

Tratamento

Os tumores de cólon e de reto são geralmente curáveis por meio da cirurgia, em seus estágios iniciais. O uso de quimioterapia como tratamento complementar (adjuvante), para eliminar possíveis micrometástases, aumenta as chances de cura em algumas situações. Em casos mais avançados, nos quais se reconhece a presença de metástases, o tratamento recomendado é a quimioterapia, podendo se associar à terapia-alvo, na forma de inibidores de angiogênese ou bloqueio de fatores de crescimento epitelial.

 

 

  • Quimioterapia sistêmica e terapia-alvo

 

Vários agentes quimioterápicos e terapia-alvo compõem o arsenal terapêutico para o câncer colorretal. Esses medicamentos são empregados tanto como complemento ao tratamento, quanto no combate à doença metastática.

 

 

  • Cirurgia de retirada das metástases

 

Em alguns casos de metástase do câncer colorretal no fígado, em que o órgão se mostra o único local com a doença e está apenas parcialmente comprometido, a cirurgia para retirada dessas lesões (a chamada ressecção de metástases) deve ser avaliada por uma equipe multidisciplinar. Para alguns pacientes, esse tipo de cirurgia associada à quimioterapia, tem se mostrado eficaz.

 

Fatores de risco e prevenção

Dieta pobre em fibras, obesidade, tabagismo, presença de pólipos no intestino, doenças inflamatórias do intestino (retocolite ulcerativa e doença de Crohn) e histórico familiar, são fatores de risco claramente associados à ocorrência do câncer colorretal.

 

Além disso, várias síndromes hereditárias foram descritas em associação a esse tipo de câncer, estimando-se que sejam responsáveis por 5% do total de casos diagnosticados. Para preveni-lo, recomenda-se ter uma alimentação equilibrada, rica em fibras vegetais, controlar o peso e praticar atividade física.

 

O rastreamento do câncer colorretal permite reconhecer e tratar lesões precursoras do câncer ou tumores em estágios iniciais, aumentando a sobrevida da população rastreada. Sendo assim, pessoas que não pertencem a grupos de risco devem fazer uma colonoscopia a partir dos 50 anos de idade, que pode ser repetida a cada cinco ou dez anos, caso os resultados sejam normais.

 

Para os que têm fatores de risco reconhecidos, em especial com histórico familiar de câncer e síndromes hereditárias, os exames devem ser iniciados mais precocemente, sendo realizados com maior frequência.

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